18.5.09

Tantos foram os momentos em que fomos um só. Em que a nossas peles se misturavam, as nossas bocas se confundiam e os nossos olhares se cruzavam. Tantos foram os momentos em que fomos um só. Em que os nossos cheiros se perpetuavam, os nossos braços se apertavam e os nossos dedos se entrelaçavam. Tantos foram os momentos em que fomos um só e as nossas almas se encontravam…

 

Tantos foram os momentos em que fomos um só. A minha pele fazia-se da tua enquanto caía nos teus braços levado por uma força superior à da gravidade. Caídos no chão, como  anjos, ardíamos fazendo inveja a todas as velas que iluminavam caminhos já decorados em vidas passadas, num amor já vivido, num amor já sentido, num amor nunca perdido. Beijavas-me sem olhar, sem respirar, sem parar … e como beijavas! Muitas vezes cheguei ao ponto de não saber qual era a minha boca. Muitas vezes a deixei contigo para que, mesmo sem mim, ainda me beijasses. De ti trazia sempre o gosto a especiarias das quais o único nome que conheço é o teu… Quando me abraçavas fazia-lo sem qualquer pretensão de me largares e sempre que me tocavas fazia-lo com todas as certezas de assim quereres realmente. Sentia que me amavas! Acho que mesmo que quisesses não conseguirias agir de outra forma. Estava em ti, em mim, não se tratava propriamente de uma escolha ou vontade mas sim de um desígnio intemporal. Destino? Talvez… Vício? Quem sabe?... Quem sabe talvez um vício do destino? Agrada-me pensar que ficarmos juntos é provar ao tempo que a soma de dois resulta em um… à semelhança de tantos momentos em que fomos e seremos um só.

 

Link Homem de Lata, às 15:49 

De susana Rodrigues a 19 de Maio de 2009 às 01:07
bolas.. uma pessoa em aqui e sai arrepiada.. tu tens de facto o dom da palavra. Tens o amor na ponta dos dedos. E como te expressas tão bem. Como as palavras que nos deixam são tão cheias de vida e de sentimentos que as ultrapassa. Um abraço para ti. Muito forte. Gosto sempre de cá voltar.
su

De Homem de Lata a 19 de Maio de 2009 às 15:10
Olá Su!

Deixas-me sem saber exactamente o que responder. Na maioria das vezes escrevo apenas o que sinto sem me preocupar com mais nada...Fico contente de saber que um sentimento meu provoca nos outros, sentimentos igualmente bons que não deixam morrer a esperança. Para terminar ocorre-me o nome de um filme. " O amor acontece":-)

jokas e obrigado

De
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