27.9.08

Sou um miúdo distraído

Vivo num mundo apenas meu

Onde não falo para não ser ouvido

Onde me lembro de quem me esqueceu

 

Tenho o meu canto acostumado

Apenas à minha silhueta

Lá não levo convidados

Nem nada que se pareça

 

Não tenho assoalhadas nem mobílias

Nem tão pouco copos de cristal

Tenho apenas sonhos e quizilias

De um miúdo sentimental

 

 Pois é lá que rio e é lá que choro

Sempre que a vida assim obriga

 E é lá que odeio e adoro

Cada dia da minha vida

 

Mas esses dias foram diferentes

Pois houve alguém que permaneceu

Destacando-se entre as gentes

Chegou, viu e venceu

 

Chegou ao mais fundo de mim

Viu aquilo que nunca mostro

Obrigou-me a dizer sim

“é de ti que eu tanto gosto”

 

E hoje para o meu canto isolado

Aquele onde rio e choro

Tenho sempre um convidado

Que simplesmente adoro

 

Por isso volta quando quiseres

Pois a minha casa sempre foi nossa

Vou dar-te tudo o quiseres

Vou amar-te o mais que possa.

Link Homem de Lata, às 20:22  (5) Comentar

21.9.08

 

 

E tudo se faz de pequenas coisas, a música, o amor e, claro, a vida! Traz-me as tuas pequenas coisas e farei delas grandes, compondo-te uma cançao de amor, para toda a vida.

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Link Homem de Lata, às 15:55  (9) Comentar

15.9.08

Tenho tantas saudades tuas… Ainda hoje guardo o teu lugar no autocarro. Para mim sempre foste a companheira de viagem perfeita, não quereria outra pessoa a meu lado mas todos sabemos que todas as viagens têm idas e voltas e tu foste… Tu foste e eu fiquei para trás, no mesmo lugar de sempre. Hoje, sigo viagem sozinho e como bagagem levo apenas recordações, qualidades e, em oposição, vários defeitos que já muitas vezes quis deixar mas não consigo. Carrego uma bagagem pesada, levo às costas tudo o que sou e não sou, arrumado bem ao lado do que gostaria de ser… Pesa-me tanto que às vezes mal suporto! Se calhar foi por isso que foste e eu fiquei para trás, no mesmo lugar de sempre, não sei. Hoje, sigo viagem sozinho e o meu destino é tão incerto quanto o destino quiser. Hei-de ter algumas paragens aqui e acolá, é certo, e não sei quem irá entrar ou sair mas sigo viagem no mesmo lugar de sempre. Tenho tantas saudades tuas… Ainda hoje guardo o teu lugar no autocarro, para mim sempre foste a companheira de viagem perfeita.

 

 

Link Homem de Lata, às 20:09  (23) Comentar

10.9.08

 Sabes que o céu da noite já nos viu beijar? Acho que envergonhámos as estrelas que nunca haviam visto ninguém amar assim. Ainda hoje me viram a cara como sinal de desdém mas que sabem elas? Comparadas contigo são apenas estrelas… Para quê preocupar-me com pedaços do céu se o que eu quero está na terra? Esta noite vou sair à rua sozinho com a memória do teu beijo para que também elas recordem o que é o amor e se, por acaso, vires alguma delas cair então saberás que, algures no mundo, eu estarei a amar-te uma e outra vez, enquanto houver estrelas no céu… Serão suficientes?

 

(título gentilmente escolhido pela Marta) Obrigado!

Link Homem de Lata, às 22:03  (15) Comentar

4.9.08

Acho que os meus olhos amam os teus. Já não estamos juntos há tanto tempo e ainda hoje choram por ti. Já tentei que eles conhecessem outros olhos, de outras cores, mais ou menos cristalinos mas até aqui não tive qualquer sucesso. É como se tivessem passado toda a vida à espera de ver os teus e a partir daí não quisessem ver mais nada. Ambos sabemos que tens uns olhos lindos de tão diferentes que são. Às vezes dou por mim a pensar em nós e nas brincadeiras tontas que fazíamos e eis que eles sorriem como se os teus olhos estivessem por perto mas, lá no fundo, eles sabem que não e é então que choram sozinhos. Pobres castanhos que só conseguem sorrir para ti… Tanto que os meus olhos brincavam com os teus, lembras-te? Às vezes fingiam não os ver e quando eles ficavam tristes corriam logo a amá-los, fixamente, sem pestanejar. E em muitas outras vezes eram os teus olhos que me fixavam até os meus se desviarem como que envergonhados. Brincadeiras de amor, coisas de olhos apaixonados! Que faço eu aos meus olhos que amam os teus, lindos de tão diferentes que são? Explico-lhes que o amor nem sempre resulta e que há olhos que não amam os outros? Já não estamos juntos há tanto tempo e ainda hoje choram por ti. Pobres castanhos…

 

 

Link Homem de Lata, às 17:41  (22) Comentar

 
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