Este blog é ou poderá vir a tornar-se piroso?
O que mudaria neste blog?
Agradeço toda e qualquer opinião.
Este blog é ou poderá vir a tornar-se piroso?
O que mudaria neste blog?
Agradeço toda e qualquer opinião.
Ainda guardo as tuas luvas. Deixaste-as no meu carro, o mesmo que nos abrigou à conversa tantas e tantas vezes enquanto chovia lá fora. Lembro-me que tinhas o hábito irritante de desenhar com os dedos nos vidros quando sabias que eu detestava, mas ainda assim fazia-lo com aquele à vontade que a mim me deixava pouco à vontade, que me fazia corar, por ti, contigo, para ti. Desenhavas isto e aquilo, corações em redor das gotas que iam morrer no vidro, dizendo que haveria sempre mais corações do que gotas… E no último desenho esqueceste as luvas. Hoje choveu e no vidro não vi nenhum coração, apenas uma, duas, três, milhares de gotas que me trouxeram saudades das tuas mãos. É por isso que ainda guardo as tuas luvas.
Não é por ninguém amar pouco que um “Amo-te muito” se torna redundante...E se assim for que mal tem a vida redundar em amor? Tenho para mim que o amor não conhece excesso nem defeito, nem tão pouco se mede seja de que forma for. Como traduziria todas as mãos que me deste numa qualquer escala matemática? Como explicaria o melhor de nós dois numa simples equação? Iria dar a sensação de te amar em graus. Ontem amei muito, hoje já não amo assim tanto mas, quem sabe, amanhã talvez já ame um pouco mais. Não é por ninguém amar pouco que um “Amo-te muito” se torna redundante...E se assim for que mal tem a vida se redundar em amor? Amo-te muito, com toda a redundância que o coração me permitir.