A perfeição é por si só um conceito relativo, subjectivo e adulterável, logo eu próprio não sou perfeito, seja de que forma for. Não sou eu, nem o é o meu amor carregado de defeitos que te irritam “aqui e ali”, ”cada vez que”, “toda a vez que”, “já foi menos”, “um pouco mais”. Não sou perfeito, nem é perfeito o meu amor, tal como nem tu, nem esse teu sentimento o são também. Vistas bem as coisas, às vezes também me irritas com esse teu amor também ele defeituoso. Também, também, também, soa-te a perfeição? Também acho que não. Não sou perfeito…tal como tu. Irritas-me “cada vez que”, “toda a vez que” e de “todas as vezes que não…coisa alguma”. Acho que, feitas bem as contas, todos nós fazemos mal as contas, isto porque ninguém é perfeito. O que se passa é que o meu amor, carregado de defeitos, contigo talvez fosse, digamos que... perfeito. Não seria uma questão de “cada vez” ou de “cada vez que não… coisa alguma”, contigo seria uma questão de “sempre”, “para sempre”,” sempre que... toda e qualquer coisa”. Consegues parar de agir como se fôssemos perfeitos um para o outro? Eu não…Enfim, há pessoas que na sua imperfeição ficam perfeitamente ao lado de outras por muito relativo, subjectivo e adulterável que o conceito possa ser.