Pergunto-me se costumas ler-me??? Sinceramente, acho que não. Aliás, tenho a certeza de que não. Quer dizer, pelo menos tenho a certeza de que não me lês como a maior parte das pessoas, através de pequenas sucessões de palavras desastradamente organizadas. Sei que me lês com os olhos. Não hesitas, nem tão pouco pedes licença ou autorização pois analisas-me, invades-me e decoras-me como se fosse teu. E até sou só que tu não sabes e, muito provavelmente, eu também não. Chego a sentir-me pequeno, sou menor a cada olhar teu mas é na pequenez das coisas – das nossas coisas principalmente - que sou feliz. E eu sei quando me olhas, consigo sentir-te meiga, doce, absorvida em ti, por nós… e tanto que eu gosto! Acho que tanto tu como eu temos de nos dedicar mais à leitura não vamos nós perder um daqueles capítulos que valem pelo livro todo. Sei que me lês com os olhos, os mesmos que me cegam de amor…continua, os teus olhos são meus, só que tu não sabes e, muito provavelmente, eu também não.
Ah… aqueles beijos que me deixavas embrulhados em papel de seda, à espera que os abrisse… Presentes tão sinceros quanto um beijo consegue ser. Que sinceridade essa que se derretia na minha boca espalhando-se pelo corpo, tão sinceramente quanto um corpo consegue absorver. Que corpo esse que se confundia com o meu, deixando-me tão perdido quanto um homem pode ficar, por amar…, por sentir…, por querer…algo tão confuso quanto o amor pode ser.
De hoje em diante, este blog contará com algumas fotos que, salvo indicação em contrário, são da autoria do Homem de Lata.
Porque há caminhos que nos marcam...