Não sou mais do que a pessoa diferente que vou sendo todos os dias. Isto porque estes, ainda que aborrecidamente iguais, quer no nascer do sol quer no seu pôr, reservam neste compasso entre duas mortes, a da noite e a do dia, qualquer coisa de inexistente. Diria até que se lhe poderia chamar futuro se não fosse o futuro apenas o presente ainda não anunciado, ou um passado que ainda não ficou para trás. Sobre isto sim diríamos “Tempo” mas muito nada saberemos dizer sobre algo que, conclusivamente, não existe embora perdure muito antes e muito depois de nós. Assim, talvez o tempo exista e nós não…