Como já vos disse no post anterior, ando com algumas dúvidas sobre a continuidade deste espaço. Às vezes acho até que ele já não existe e que de qualquercoisa passou simplesmente a nada…
Por um lado custa-me desligar-me de algo que é efetivamente parte de mim, por outro entendo que tudo na vida tem mesmo principio e fim e que só isso mesmo justifica uma existência. Acho até que não há memória do que não tem fim e que a memória é, de facto, o único livro que só faz sentido no sentido inverso, de frente para trás.
A essa luz, este blog ocupa sem dúvida um lugar de destaque pois mais do que um espaço de leitura foi, durante muito tempo, reflexo de uma fase, ponto de encontros e desencontros, uma paragem para seguir em frente ou, simplesmente, parar, muitas vezes de pensar, poucas vezes de sentir.
Hoje, pensando nisso, compreendo que é uma casa desarrumada e que tem pó pelos cantos mas a verdade é que nunca fui arrumadinho e que, no que diz respeito à limpeza, eu próprio não me consigo limpar do cliché que recai sobre a maioria dos homens… Assim, decidi não mudar de casa mas quem sabe mudar a casa, mesmo que não mude nada. É isso que sinto…